O sorriso das estrelas

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Criei-te o mais belo jardim de estrelas sem que ninguem o possa negar,
Questiono-me de que serei eu criador, se d'um céu ou de um mar.
A tudo sabe e a tudo quero, a ignorância de um pensar ou inocência de olhar.
Nada importa e tudo conta, pois é a ti, estrela que tenho e que prometo amar.

Um brilho rejubilante me faz viver
Chorando todos os dias por te ter ao amanhecer...

E numa fase crítica de um ser
Procuro eu por ti sem saber o que fazer
Pois na solidão morro sem ti
Neste jardim que eu criei e vivi...

Jardim contemplador, que outróra quis vazio.
Agora nem os Deuses me deixam tomar outra escolha.
Agora é um jardim repleto de ti e de todas as nossas estrelas,
Que um dia serão fruto de algo que trascende o significado da vida.

Foi a ti que eu escolhi, estrela, foi a ti que escolhi para não me perder.

Uma Estrela brilhante és,
Da cabeça até aos pés

Brilha para sempre sim?



Traição de mudos

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Sentada numa pedra te julgas tu aquando gritando eu por ti, aclamando teu nome ao céu.. Olhas-me serenamente com carinho, esforças-te para me ouvir mas não consegues. Algo é mais forte e impenetrável. Então eu torno a gritar á medida que corro para os teus braços para não te largar mais, corro para nunca mais ter de ter largar e numa dose de inspiração vou chegando cada vez mais perto. Tu queres, queres que chegue, mas algo te distrai a meio caminho, te desvia a atenção para um mundo fora do meu. Á medida que vou chegando, te vais apercebendo do que realmente somos. E numa pedra não estas tu sentada, estrela, estas apoiada no meu coração a baloiçar, prestes a pender para um dos lados do universo.



Eu oiço-te, tu não me ouves. Tu ouves-me, eu não te oiço.